segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Frente fria

20.10.2010
Tirei o dia para relaxar e caminhar sem destino pela cidade.
Caminhei por Yaletown, uma mistura de Vila Madalena e Jardins. Descobri uma rua muito graciosa, a Mainland Street, ou algo do gênero. É a rua próxima a estação de skytrain Yaletown. É bem engraçadinha: de um lado é como se ela fosse um imensa sacada a dois degraus do nível da rua, ou podemos pensar em um boulevard elevado, para ficar mais chic, com cafés e restaurantes. Do outro lado da rua, encontram-se várias galerias de arte, lojas de móveis e decoração e algumas boutiques.
Saindo de Yaletown, peguei o skytrain e resolvi rever alguns pontos do centro da cidade, como a biblioteca que lembra o coliseu e. entrar na Vancouver Art Gallery. O prédio é praticamente mais interessante do que o acervo. Um edifício belíssimo, de três andares. As obras que se destacam estão no terceiro andar e são da artista canadense, nascida em Victoria, Emily Carr. Emily se apaixonou pela arte nativa e representava os totens em aquarelas e pinturas a óleo. Belíssimo.
Depois, voltei para Yaletown e peguei o AcquaBus em direção ao Vanier Park. Sim, em Vancouver um meio de locomoção que faz parte do dia-a-dia da cidade são os barcos. Tanto é verdade, que o "bilhete único" deles incluem estes barcos. Incrível. Bem, estava uma tarde liiiiinda. Um friozinho gostoso, com um céu azul belíssimo e aquele sol brilhante, mas tímido iluminando tudo.
No caminho ao Vanier Park, eu vi pela primeira vez na minha vida o verdadeiro significado do que vem a ser frente fria. Impressionante. Veio do mar uma nuvem branca em direção à cidade que cobriu tudo. Os barcos por onde ela passava e os prédios que ela atingia. A princípio, imaginei que algo estava pegando fogo próximo dali. Mas, a "fumaça" não diminuia e avançava cada vez mais. Foi então, quando o singelo barquinho no qual estava esta desavisada pessoa adentra esta "névoa" e... percebo! Percebo. Percebo aquela névoa era suuuuuuper fria. Logo, de fumaça de queimada ela não tinha nada. Vocês verão nas fotos que coisa impressionante. A velocidade com que a fumação-névoa-nuvem-frentefria foi tomando tudo... me deixou de queixo congelado e, não caído, mas tirintante. Passei a compreender melhor os perigos do Pacífico... eles vêm a jato!
Bem, não deixando me abater por esta frente fria toda... e já que estava aportando no Vanier Park... saí para uma caminhada. É um parque pequeno, se comparado com o Stanley Park, mas muito simpático. É neste parque que está "hospedado" tudo o que é relativo a espaço, observação e metereologia. Bem, após a história da nossa névoa, dá para se ter uma idéia do porquê... É aqui que está o observatório astronônimo e o McMillan Museum, um museu espacial, que não me perguntem porquê... mas, tem uma imensa aranha na frente!!! Vai ver ela é uma aranha alienígena... ou vez companhia para o cachorrinho que foi para a lua, mas por ser da família aracno e as pessoas terem muita fobia dela... não se tornou tão famosa como seu companheiro. Mas, foi eternizada na frente do museu!
Do Stanley Park foi caminhando até a Granville Island, que passei ontem e achei que valia voltar. A Granville Island é um lugar que poderíamos passar um dia inteiro. Bem, aqui nós temos a universidade de arte e design, um centro de teatro, tem músicos tocando nas ruas, milhares de lojinhas de tudo: roupas, acessórios, produtos exotéricos, sapatos, equipamentos esportivos, livrarias, papelarias, joalherias, loja de sombrinhas, loja de sabonetes... Uma loucura. Ah, sim! Também têm restaurantes e cafés. E... o mais legal: um mercado municipal!!! Do estilo do nosso mercadão. Vende chocolates, chás, peixes, frutos do mar, temperos, legumes, frutas, flores... e todas estas coisas que se vendem em mercados. Além disso, tem uma "praça de alimentação" com vista para a False Creek, que é um braço do Pacífico que acharam que era rio, mas não é... então... False Creek. Bem, temos a vista deste braço do Pacífico com o skyline da cidade... imaginem isto com gaivotas voando e um entardecer muito bonito... bem... esta será minha recordação de fim de viagem de Vancouver. Vários barquinhos, um violão... e uma frente fria!

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